terça-feira, 27 de maio de 2008

Em poucos minutos

Nossa! Fazia tempo que não voltava aquele lugar, terça-feira, é dia de feira, Rua Jorge Rudge, Vila Isabel, lembranças que tomaram conta de minha memória como um enxame de abelhas atacariam um pote de mel, aquele cenário, tantas vezes visitado, o cheiro, os personagens, tudo estava propício a recordação e como sou tão clichê quanto óbvia, lá foi eu, com aquele olhar fotográfico, captando as imagens, enviando as ao cérebro e assimilando.
A imagem mais nítida daquele lugar, era de quando a minha Avó me buscava no colégio a poucas ruas dali e ia comigo fazer compras, nem sempre comprávamos na feira, muitas vezes pela qualidade dos alimentos acabávamos no Hortifruti, mas parávamos, observávamos, riamos, experimentávamos, sentíamos, são muitos verbos e nenhum deles descreveria com precisão o que sentia e senti, grandes partes das minhas memórias de infância são com a minha Avó, voltar aos lugares, são como o "estar novamente" com aquela que passei os grandes momentos de nossa vida, nossa sim, não existia a minha ou a dela, era nossa (e sempre será)! As decisões Dela, sempre regiam a minha pequena vida, e hoje, percebo que ainda regem, embora ela já não esteja em terra, tudo ainda está aqui ligado a Ela, os desejos, os cheiros, os gostos, confesso, que jamais achei q fosse sentir tanta falta, na verdade achei sim, todo dia, até o dia que se foi, sempre soube que ali faltaria alguém e sempre faltará e sempre terá esse espaço cheio no meu peito ocupado pelo ser que mais amo e sempre amarei na minha vida: Sebastiana dos Santos, Dona Tiana, Bastica, Vó meu exemplo, a Dona de todas as minhas vitórias, sempre, é por Ela, para Ela.
Te amo.

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

(Tom Jobim)





domingo, 25 de maio de 2008

Não tenho culpa se meus dias têm nascido completamente coloridos e os outros cismam em querer borrar as cores. Não tenho culpa se meu sorriso é de verdade e acontece por motivos bobos, mas bem especiais. Não tenho culpa se meus passos são firmes. Não sou perfeita, eu tropeço e caio de vez em quando.

Meus olhos tem brilhado bem diferente ultimamente. E brilham diferente a cada dia. E começo a me preocupar, pois tenho medo da velocidade dessas alterações. E no meu mundo mais lindo e completo não consigo entender a existência de algumas pessoas. Mas o mundo aqui não é dos mais justos mesmo...Compreendo. Mas mesmo assim, eu tenho bastante lápis de cor e empresto pra quem quiser pintar a vida. Mas por favor, não borrem a minha!

terça-feira, 20 de maio de 2008

E as vzs eu esqueço...

É! As vzs eu esqueço, as vzs pela correria do dia a dia, as vzs por esquecer, as vzs por querer, confesso, são poucos os compromissos q assumo nos dias atuais, escrever é um deles (vide post anterior) mas, esquecendo a escrita, a produção extra-acadêmica.
Pois bem! Isso de ser estudante, pesquisadora/estagiária, dançarina, militante, cansa, sabia? Rola sempre aqueeela vontade de jogar td pro alto, é sempre abrindo mão de uma coisa para fazer outra coisa, ou então se super-atarefando (como de custume), a rotina! Ai como eu ODEIO, e sempre achei, sempre lutei para não ter uma... E, lá vamos nós... Segunda, quarta, sexta muita dança, aula, estágio e nos outros dia? Também. E um pouquinho (ultimamente muita) militancia, muita campanha, muitos, intensos Dias de Luta! Sábado e domingo? Lalaia, prazer pessoal e namorar, ai ai, namorar (depois de toda a rotina de segunda a sexta ser "exercida" no final de semana também) .
Outra coisa também, das zilhares que eu gostaria de dizer, nesse momento "minha vida nada perfeita" (não sou fã da perfeição, mesmo), é quando sei que estou fazendo o melhor, mas qdo sei também que o melhor talvez não seja o bastante, são duas questões q me fazem refletir sobre quem sou eu, dentro da determinada função, isso acontece sempre em todas as "vertentes" da minha vida, não sei, sinceramente, não sei se isso é me cobrar d+ ou se realmente tá faltando alguma coisa, mas o que eu penso, é que in/felizmente não tomo decisões, não assumo posturas, não levanto bandeiras das quais eu além de não acreditar, não saiba do que se tratam, se bem q isso acreditar e saber nesse caso me parece a mesma coisa.

Viva as imperfeições e questionamentos da vida cotidiana, sempre.


"Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir para não chorar"
(Angenor de Oliveira - Cartola)

sábado, 17 de maio de 2008

Um blog para Lívia!

Lembro-me do meu primeiro blog (e claro, antes desta ferramenta a famosa agenda) e do tempo que passava relatando os acontecimentos do mês, dia, a retrospectiva no final do ano.
Ai veio, o fotolog, alias espaço que cultivo até os dias atuais, e digo mais, super-atualizado, mas para mim o relatar trechos da minha vida e da vida de quem mais eu queira, podendo existir ou não esse ser, ja não o posso mais fazer através de imagens. Resgatar a escrita, seria uma finalidade para este espaço e o falar não sendo na forma oral, também me encanta.
Impressionante, ao ter um espaço na internet, as pessoas se preocupam com privacidade, com o que vão ser ou ao menos escrever, perante a isso não me preocupo, já errei tanto ao vivo, pela internet não fará diferença. O "babado" aqui não é apenas falar da perfeição das atitudes, da felicidade, mas também de dor e indignação, as banalidades e futilidades da vida cotidiana e claro, as divertidas conversas patrocinadas pela cerveja Brahma, que são sempre impagáveis, coisas que jamais conseguiria retratar em imagens, e a memória, pelo menos a minha já está um pouco falha, e o pq não escrever? Pq não colocar no papel? Vai que um dia, alguém se interesse por esse registro, vai q o mundo acaba. haha. E antes mesmo que elas cheguem, é as banalidades, vou me indo, com a esperança dos escavandistas revirarem minha vida, minha história em um futuro, aí.