quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Por não estarem distraídos

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!

Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque , de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue , e quando finalmente o telefone toca, o deserto da esperança já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos

(Clarice Lispector)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Só a bailarina que não tem...


Bailarinas/dançarinas são sempre bailarinas/dançarinas.
Desde a postura do corpo, aquele ar de mulher, de menina, exalam mistério e sensualidade. Narizes, olhar pro alto, olhar para frente, sempre adiante.
Mas pq escrever sobre isso?
Ontem estava colocando minhas sapatilhas lá na Casa de Dança (CDCJ - Casa de Dança Carlinhos de Jesus) e reparei... Cabelos, rostos, maquiagem, td combinando e impecável, mil celulares, todos tocando incessantemente, marcando e desmarcando compromissos, gravações delas, fazendo o que fazem de melhor: dançar. É engraçado, uma vez nesse mundo, quando se dá conta ele se pega, e vc olha no espelho da sala e vê que você se tornou uma, o mesmo olhar, postura, a mania de estalar os ossos, o rimel clássico, a nuca a mostra e o ar, aquele ar... Aquele ar, aquele olhar, aquele andar... Pq somos: bailarinas/dançarinas, como quiser chamar.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro."

(Fernando Sabino)

Silencio.
No hay banda.
No hay orquestra.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Terça-feira e o tempo não ajuda. Onde estarão meus documentos? Preciso lavar o cabelo, pq tá um calor dos infernos e a raiz fica oleosa. Hoje tive aula de matemática, difícil acreditar que na graduação tenho aula daquilo que achei que deixaria no passado junto com as memórias escolares. Ontem tive preocupações de mulheres inconsequentes. Amanhã o dia não é de Deus mas domingo é. Ganhei bombom da professora. Todo mundo ganhou, na verdade. Blusinha branca ou vermelha, o que comprar?

Vi uma foto de um cara de terno sentado numa pedra no meio do mar, cabeça enterrada nas mãos, bumbum enterrado na água salgada. Seja pq está frio ou pq está chovendo ou pq estou meio ilhada na confusão que está minha vida...me senti no lugar dele...

Quando eu não tem tempo p/ quase nada, parece que vou me esvaziando de coisas importantes. Vou me esvaziando do que me cerca, das pessoas, da música, das cores...não tenho o que falar, não tenho sonhos, não tenho poesia...

E a vida fica muito chata.

OS ESCRITORES QUE JÁ PASSARAM pela experiência provavelmente vão concordar comigo: é surpreendente quando um poema de nossa autoria é lido em voz alta por outra pessoa, ou quando um conto é transformado num curta-metragem, ou quando um romance vira uma peça de teatro ou um filme. Perdemos o controle do que é nosso, que agora passa a ser de todos. Mais ou menos como um filho que ganha o mundo.

Quando escrevemos, temos total domínio sobre a situação. Cada palavra é rigorosamente escolhida para transmitir melancolia, entusiasmo, resignação ou o que for. O personagem está sob nossa regência, a gente o conhece como a nós mesmos, já que nós e ele somos, de certa forma, a mesma pessoa. Madame Bovary c¿est moi, disse Flaubert, e isso vale para todos os que escrevem, para todos os que transferem suas angústias, suas fantasias e seus sentimentos para seus personagens, camufladamente ou não. Desconfio daqueles que se autodenominam apenas contadores de histórias. Mesmo estes, em algum momento ou outro, revelam-se nas entrelinhas.

Mas o texto é apenas 100% do autor enquanto inédito. Uma vez publicado, passa a sofrer a interferência do leitor, que interpretará o que está lendo de uma maneira muito particular, de acordo com as experiências que acumulou, de acordo com seu estado de espírito no momento da leitura ou das carências por que anda passando. Num sarau, por exemplo, a pessoa que está lendo em voz alta um poema que não é dela dará uma pontuação diferente, fará uma pausa onde preferiríamos aceleração, ou dará carga dramática a um verbo que nos parecia supérfluo. Nem poderia ser diferente. É o leitor assumindo seu posto de co-autor. Todos os leitores são co-autores. Por e-mail me chegam mensagens de pessoas que, ao comentarem um mesmo texto, referem-se a ele de maneira totalmente diversa. Uns o consideram poético, outros o consideram cômico ou mal-humorado, e cada um está certo à sua maneira, pois não estão interessados em desvendar o que o autor pensa, e sim em formular sua própria opinião. Autor e leitor entram em comunhão quando encontram afinidades, mas, ainda que se entendam, o texto raramente mantém-se idêntico para os dois.

Agora imagine quando um texto passa não apenas por uma interpretação, mas por várias, no caso de ser adaptado para o palco ou para as telas. Haverá a leitura do diretor, do produtor, do adaptador, dos atores. Todos eles co-autores, todos acrescentando seu ponto de vista, sua sensibilidade e seu humor a partir de algo que foi exclusivo do autor um dia. Foi. Não é mais.

Escrever, pra mim, é um ato de exorcismo, e creio que é assim para muitos. É quando liberamos nossos demônios. Abandonamos as versões oficiais, civilizadas e contemporizadoras, para, amparados pela liberdade e pela inocência que a ficção nos confere, deixar a autocensura de lado e acertar as contas com nossas loucuras e nossos desejos inconfessos. E então, um belo dia, tudo isso sobe ao palco, o exorcismo se dá de fato, nossos adoráveis demônios ganham voz, rosto, gestos, movimento. É assustador e fascinante a um só tempo.

Hoje à noite a peça Divã, baseada num livro de minha autoria, encerra sua primeira temporada carioca no Teatro Laura Alvim, mas retorna já sexta-feira que vem no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea. Assisti três vezes, e nas três eu passei o tempo todo ora rindo de alegria, ora rindo de nervoso, pensando esta sou eu, esta não sou eu, até conseguir relaxar, me divertir e concluir: claro que não sou eu. Não apenas eu. São eles, os personagens, que ganharam vida própria, e é o público também, que se identifica e se enxerga. É um pouquinho de cada um de nós, porque ninguém consegue passar a vida sem se fundir com o outro, ninguém é tão monolítico ¿ e mais: todos os dias somos interpretados por quem nos cerca. Viver é uma constante terapia em grupo. Escrever não é diferente.

(Martha Medeiros)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Dança e Educação

Verderi (2000) considera a educação como evolução e transformação do indivíduo, considerando a dança como um contínuo da Educação Física, expressão da corporeidade e considerando o movimento um meio para se visualizar a corporeidade dos nossos alunos, a dança na escola deve proporcionar oportunidades para que o aluno possa desenvolver todos os seus domínios do comportamento humano e, através de diversificações e complexidades, o professor possa contribuir para a formação de estruturas corporais mais complexas.

Por estes motivos, segundo Nanni (1995), deve-se trabalhar a dança na escola pois ela estabelece limites usando os movimentos, isso viabiliza a possibilidade de estruturação da personalidade e da socialização, pois leva o indivíduo saber o que ele é, sua relação com o objeto e a nível social e pessoal.

O ensino da dança nas escolas brasileiras deve ser abordado dentro do conteúdo Artes, (Teatro, Música, Dança e Artes Plásticas) segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (fonte www.mec.gov.br). A abordagem da dança dentro do contexto da educação física deve auxiliar no preparo físico para que os profissionais de artes possam atuar.

Eu já tinha esquecido...

Como era bom fazer umas loucuras de vez em quando, de rir, falar besteira, olhar no olho, suspirar, sair da realidade e embarcar em um sonho, pq pra mim, isso tudo que eu estou vivendo é um sonho, não há nada parecido, sonho que ganhou novo nome: realidade.
E pensar que isso tudo só é possível por ele, com ele e eu não sei como seria se não fosse assim, talvez as coisas continuassem como estavam, ou piorassem, não sei, só sei que viver o presente, o agora faz um bem tão gostoso, brigar e em questão de segundos falar de coração e ouvir "te amo", falar horas ao telefone e ainda receber uma mensagem linda, só pra fechar todas as noites que são maravilhosas.
E com a gente é assim e sempre será e nada mudará: Te amo, basta? Pq se não bastar: Te amo muito e cada dia mais.

Há no seu olhar
Algo que me ilude
Como o cintilar
Da bola de gude
Parece conter
As nuvens do céu
As ondas brancas do mar
Astro em miniatura
Micro-estrutura estelar
Há no seu olhar
Algo surpreendente
Como o viajar
Da estrela cadente
Sempre faz tremer
Sempre faz pensar
Nos abismos da ilusão
Quando, como e onde
Vai parar meu coração?
Há no seu olhar
Algo de saudade
De um tempo ou lugar
Na eternidade
Eu quisera ter
Tantos anos-luz
Quantos fosse precisar
Pra cruzar o túnel
Do tempo do seu olhar

(Seu olhar - Gilberto Gil)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Não é porque eu perdi , que você venceu.
Se tivesse ganho , não te faria pior.
Acho muito pobre de espírito , pra não dizer coisa pior.
Uma pessoa ficar em casa roendo as unhas , torcendo mais contra o Fluminense do que pro seu próprio time durante 6 meses .
Pensando nas pessoas que poderia menosprezar logo após o término do jogo da final.
O Flamengo não foi o campeão.
O Vasco da Gama não foi o campeão.
O Botafogo não foi o campeão.
Parabéns , você manteve a sua mediocridade chegando ao ridículo.
Pessoas medíocres como você, cumprem um importante papel nos grandes acontecimentos justamente porque não se encontram neles.
Foi na base de critérios que perdemos, se fosse o mesmo do início da competição teríamos ganho.
Perdemos .
Perdemos mas não fomos humilhados , perdemos de pé e poderíamos ter ganho.
Aliás, em um disputa de pênalti tanto faz o vencedor . Ela só indica que dois times empataram ao limite e a situação precisa ser resolvida.
Pra finalizar , não tenho o costume de ficar em frente a televisão secando meus adversários e algumas vezes torço até a favor.
Minha torcida não tem o costume de ficar organizando torcidas misturando distintivos e comprando ingressos para ir na torcida adversária.
Nós somos Fluminense e torcemos somente para o Fluminense.
Sinto vergonha por vocês.

Rogerio Jabbour

Saudações Tricolores

MEU GRANDE AMOR, GRAÇAS A DEUS SOU TRICOLOR.


Ser Fluminense é entender esporte como bom gosto. É ser leal sem ser boboca e ser limpo sem ser ingênuo.

Ser Fluminense é aplicar o senso estético à vida e misturar as cores de modo certo, dosar a largura do grená, a profundidade do verde com as planuras do branco.

Ser Fluminense é saber pensar ao lado de sentir e emocionar-se com dignidade e discrição. É guardar modéstia, a disfarçar decisão, vontade e determinação. É calar o orgulho sem o perder. É reconhecer a qualidade alheia, aprimorando-se até suplantá-la.

Ser Fluminense não é ser melhor, mas ser certo. Não é vencer a qualquer preço mas vencer-se primeiro para ser vitorioso depois. É não perder a capacidade de admirar e de (se) colocar metas sempre mais altas, aprimorando-se na busca! E jamais perder a esperança até o minuto final.

Ser Fluminense é gostar de talento, honradez, equilíbrio, limpeza, poesia, trabalho, paz, construção, justiça, criatividade, coragem serena e serenidade decidida.

Ser Fluminense é rejeitar abuso, humilhação, manha, soslaio, sorrateiros, desleais, temerosos, pretensão, soberba, tocaia, solércia, arrogância, suborno ou hipocrisia. É pelejar, tentar, ousar, crescer, descobrir, viver, saber, vislumbrar, ter curiosidade e construir.

Ser Fluminense é unir caráter com decisão, sentimento com ação, razão com justiça, vontade com sonho, percepção com fé, agudeza com profundidade, alegria com ser, fazer com construir, esperar com obter. É ter os olhos limpos, sem despeito, e claro como a esperança.

Ser Fluminense, enfim, é descobrir o melhor de cada um, para reparti-lo com os demais e saber a cada dia, amanhecer melhor, feliz pelo milagre da vida como prodígio de compreensão e trabalho, para construir o mundo de todos e de cada um, mundo no qual tremulará a bandeira tricolor.

Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros (Artur da Távola)



NÓS VIEMOS PRA CANTAR

VIEMOS PRA FICAR

CONTIGO ATÉ MORRER

NENSE

domingo, 22 de junho de 2008

O manual de instrução

A primeira regra para o sucesso de um relacionamento é: Não se apaixonar.
Seria tudo mais fácil, não se importar, não se apaixonar, o gostar do outro muitas vzs machuca a gente mesmo que gostemos muito mais de nós mesmos, machuca.
A segunda regra seria: Não namorar com alguém que more a quase 1h30min de distancia da sua residência.
Mas quando eu me vi, o coração também, não ajuda e não deixa a gente escolher. Não deixa mesmo.
A terceira regra: Goste de pessoas que gostem de pelo menos no mínimo 85% das coisas que você gosta.
Isso ajuda, e como ajuda.
E fazendo balanço de 3 meses de namoro: O meu relacionamento jamais será perfeito e as vzs talvez seja até mesmo um fracasso, mas, eu até que sou bem feliz, monotonia é algo que geralmente não entra no meu, nosso vocabulário.

é Bruno, te amo. (merda.)

Obs: Não se apaixonem.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Como é fútil a vida da bailarina...

Um convite um tanto quanto inusitado: Vamos almoçar na Rosinha (restaurante popular de 1 real)?
Após um certo estranhamento, me vi lá, naquela fila, junto com trabalhadores, mulheres, crianças, moradores de rua e idosos, confesso que a comida é boa, de qualidade, mas o ambiente, enfim.
Sai do estágio (20h) e fui as Lojas Americanas, anda pra lá anda pra cá e vamos comprar, sai de lá com batata Pringles, chocolate Toblerone (aquele suíço) e biscoito Calypso (aquele da Nestlé que tem uma fina camada de chocolate em cima), tá, o que eu to querendo, tentando dizer, é, como eu pude? Depois de ter vivido aquela experiência, que burguesa capitalista que eu sou, em!
Mudando o foco, bailaria está doloridíssima essa semana, forró mode on velocidade 7 no domingo eee segundona aqueeela aula com direito a "elevador" e sexta tem mais, vamo que vamo.
Mal saimos, digo nós alunos de Pedagogia (UERJ) de um processo eleitoral pro Centro Academico e já entramos no DCE, aquilo, né? Você promete não se envolver, tá! Não estou concorrendo, mas, depois de ver tanta coisa errada naquele lugar, é difícil não se posicionar e quando eu vejo... To eu lá de novo, panfletando... É a vida! Tá no coração.

Obs: Estou em uma semana "desabafo" não se surpreenda se os comentários mais sem sentido e inusitados pularem da minha boca. Grata.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Mas que coisa, não?

Vamos falar do 12 de junho, eu acustumada a sempre passar esta data altamente capitalista na mais perfeita solidão, me peguei fazendo os mesmos rituais, não sei se por pura compulsividade, mas além do presente q meu respectivo namorado me deu, não resisti e (aquele som assustador da maquininha) passei o cartão, resultado? 3 blusas belíssimas-novíssimas, mas para que? Sei lá! Assim como não sei pq estou escrevendo isso, só me resta dizer remercier Dieu, na hora de checar o preço, todas tinham sofrido um reajuste de mais ou menos 10 reais! Tá, desabafei!
Ai tempo! Que me falta tanto. Ai imaginação! Que me falta mais ainda.


http://www.youtube.com/watch?v=dJa0EPdK7hw


Posso estar só
Mas sou de todo mundo
Por eu ser só um
A nem, a não, a nem dá
Solidão
Foge que eu te encontro
Que eu já tenho asa
Isso lá é bom
Doce solidão

(Doce solidão - Marcelo Camelo)

quinta-feira, 12 de junho de 2008


Eu encontrei-a quando não quis
mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
na fila do pão sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei-a e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver eu penso em trocar
a minha TV num jeito de te levar
a qualquer lugar que você queira
e ir onde o vento for, que pra nós dois
sair de casa já é se aventurar

Ah vai, me diz o que é o sossego
que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar

(Último romance - Los Hermanos)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Hoje foi você...

Mas sempre falarei coisas que as pessoas não estão preparadas, ou não querem ouvir.
Parece inconveniente, mas quando menos espero, de repente estou eu tagarelando, ê bixo complicado isso de achar que sabe tudo de todo mundo.
O que eu percebo, é que no final chego na verdade, por muitas vezes as pessoas negarem o que digo e eu sempre indagar a dita verdade delas, acabo descobrindo coisas que eu realmente nem queria, nem tinha pensado em saber... O que estou confusa, e podem perceber por estas palavras desordenadas, é... Quem sou para fazer isso? Mandar, desmandar, falar na hora que eu bem entender o que entender?
Quem sou eu, que muitas vzs não sei cuidar de mim e quer a todo instante, custo cuidar do outro sempre?
Se eu te amo, agradeça.

domingo, 8 de junho de 2008

Te amarei até o dia em que não puder mais te amar.

Sujar o pé de areia pra depois lavar na água
Lavar o pé na água pra depois sujar de areia
Esperar o vaga-lume piscar outra vez
Ouvir a onda mais distante por trás da onda mais próxima
Sujar o pé de areia pra depois lavar na água

Respirar

Sentir o sabor do que comer

Caminhar

Se chover, tomar chuva
Não esperar nada acontecer
Ser gentil com qualquer pessoa

Sujar o pé de areia pra depois lavar na água
Lavar o pé na água pra depois sujar de areia
Esperar o vaga-lume piscar outra vez
Ouvir a onda mais distante por trás da onda mais próxima

Respirar

Sentir o sabor do que comer

Caminhar

Se chover, tomar chuva
Ter saudade no final da tarde
Para quando escurecer esquecer

Ao se deitar para dormir
Dormir

(Num dia - Arnaldo Antunes)

quarta-feira, 4 de junho de 2008














E quando o jogo é no Maraca: Velocidade 3 na dança do Flu


terça-feira, 27 de maio de 2008

Em poucos minutos

Nossa! Fazia tempo que não voltava aquele lugar, terça-feira, é dia de feira, Rua Jorge Rudge, Vila Isabel, lembranças que tomaram conta de minha memória como um enxame de abelhas atacariam um pote de mel, aquele cenário, tantas vezes visitado, o cheiro, os personagens, tudo estava propício a recordação e como sou tão clichê quanto óbvia, lá foi eu, com aquele olhar fotográfico, captando as imagens, enviando as ao cérebro e assimilando.
A imagem mais nítida daquele lugar, era de quando a minha Avó me buscava no colégio a poucas ruas dali e ia comigo fazer compras, nem sempre comprávamos na feira, muitas vezes pela qualidade dos alimentos acabávamos no Hortifruti, mas parávamos, observávamos, riamos, experimentávamos, sentíamos, são muitos verbos e nenhum deles descreveria com precisão o que sentia e senti, grandes partes das minhas memórias de infância são com a minha Avó, voltar aos lugares, são como o "estar novamente" com aquela que passei os grandes momentos de nossa vida, nossa sim, não existia a minha ou a dela, era nossa (e sempre será)! As decisões Dela, sempre regiam a minha pequena vida, e hoje, percebo que ainda regem, embora ela já não esteja em terra, tudo ainda está aqui ligado a Ela, os desejos, os cheiros, os gostos, confesso, que jamais achei q fosse sentir tanta falta, na verdade achei sim, todo dia, até o dia que se foi, sempre soube que ali faltaria alguém e sempre faltará e sempre terá esse espaço cheio no meu peito ocupado pelo ser que mais amo e sempre amarei na minha vida: Sebastiana dos Santos, Dona Tiana, Bastica, Vó meu exemplo, a Dona de todas as minhas vitórias, sempre, é por Ela, para Ela.
Te amo.

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

(Tom Jobim)





domingo, 25 de maio de 2008

Não tenho culpa se meus dias têm nascido completamente coloridos e os outros cismam em querer borrar as cores. Não tenho culpa se meu sorriso é de verdade e acontece por motivos bobos, mas bem especiais. Não tenho culpa se meus passos são firmes. Não sou perfeita, eu tropeço e caio de vez em quando.

Meus olhos tem brilhado bem diferente ultimamente. E brilham diferente a cada dia. E começo a me preocupar, pois tenho medo da velocidade dessas alterações. E no meu mundo mais lindo e completo não consigo entender a existência de algumas pessoas. Mas o mundo aqui não é dos mais justos mesmo...Compreendo. Mas mesmo assim, eu tenho bastante lápis de cor e empresto pra quem quiser pintar a vida. Mas por favor, não borrem a minha!

terça-feira, 20 de maio de 2008

E as vzs eu esqueço...

É! As vzs eu esqueço, as vzs pela correria do dia a dia, as vzs por esquecer, as vzs por querer, confesso, são poucos os compromissos q assumo nos dias atuais, escrever é um deles (vide post anterior) mas, esquecendo a escrita, a produção extra-acadêmica.
Pois bem! Isso de ser estudante, pesquisadora/estagiária, dançarina, militante, cansa, sabia? Rola sempre aqueeela vontade de jogar td pro alto, é sempre abrindo mão de uma coisa para fazer outra coisa, ou então se super-atarefando (como de custume), a rotina! Ai como eu ODEIO, e sempre achei, sempre lutei para não ter uma... E, lá vamos nós... Segunda, quarta, sexta muita dança, aula, estágio e nos outros dia? Também. E um pouquinho (ultimamente muita) militancia, muita campanha, muitos, intensos Dias de Luta! Sábado e domingo? Lalaia, prazer pessoal e namorar, ai ai, namorar (depois de toda a rotina de segunda a sexta ser "exercida" no final de semana também) .
Outra coisa também, das zilhares que eu gostaria de dizer, nesse momento "minha vida nada perfeita" (não sou fã da perfeição, mesmo), é quando sei que estou fazendo o melhor, mas qdo sei também que o melhor talvez não seja o bastante, são duas questões q me fazem refletir sobre quem sou eu, dentro da determinada função, isso acontece sempre em todas as "vertentes" da minha vida, não sei, sinceramente, não sei se isso é me cobrar d+ ou se realmente tá faltando alguma coisa, mas o que eu penso, é que in/felizmente não tomo decisões, não assumo posturas, não levanto bandeiras das quais eu além de não acreditar, não saiba do que se tratam, se bem q isso acreditar e saber nesse caso me parece a mesma coisa.

Viva as imperfeições e questionamentos da vida cotidiana, sempre.


"Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir para não chorar"
(Angenor de Oliveira - Cartola)

sábado, 17 de maio de 2008

Um blog para Lívia!

Lembro-me do meu primeiro blog (e claro, antes desta ferramenta a famosa agenda) e do tempo que passava relatando os acontecimentos do mês, dia, a retrospectiva no final do ano.
Ai veio, o fotolog, alias espaço que cultivo até os dias atuais, e digo mais, super-atualizado, mas para mim o relatar trechos da minha vida e da vida de quem mais eu queira, podendo existir ou não esse ser, ja não o posso mais fazer através de imagens. Resgatar a escrita, seria uma finalidade para este espaço e o falar não sendo na forma oral, também me encanta.
Impressionante, ao ter um espaço na internet, as pessoas se preocupam com privacidade, com o que vão ser ou ao menos escrever, perante a isso não me preocupo, já errei tanto ao vivo, pela internet não fará diferença. O "babado" aqui não é apenas falar da perfeição das atitudes, da felicidade, mas também de dor e indignação, as banalidades e futilidades da vida cotidiana e claro, as divertidas conversas patrocinadas pela cerveja Brahma, que são sempre impagáveis, coisas que jamais conseguiria retratar em imagens, e a memória, pelo menos a minha já está um pouco falha, e o pq não escrever? Pq não colocar no papel? Vai que um dia, alguém se interesse por esse registro, vai q o mundo acaba. haha. E antes mesmo que elas cheguem, é as banalidades, vou me indo, com a esperança dos escavandistas revirarem minha vida, minha história em um futuro, aí.